terça-feira, 7 de abril de 2009

Foi devaneio meu.


“Vejo o cursor piscar na tela. Não sei o que escrever.”

A vida me mata aos poucos. Para o meu sufoco maior, eu revivo e morro; agonizo no cárcere da minha mente insana: tão cheia de idéias, tão vazia de atitudes, tão medrosa de si mesma. Recanto-me, me aquieto... Mas, basta um suspiro e tenho minha vida de volta, porém faltando um pedaço. Mas este é aquele que ainda não construí. Levanto-me... Esqueço o computador. Prefiro o lápis, embora mais retrógrado. Ponho-me a desenhar as letras ilustrando aquela folha em branco; escrevo, mas escrevo com tal bravura... Algo que nunca senti. O lápis escorrega sobre o papel vindo da árvore com tanta fluidez, que me sinto culpada por estar destruindo a floresta!

O leitor quer saber sobre o que escrevo?!

Ahh! Sobre... Algo... Alguma coisa sem definição. Está bem, é sobre sentimentos.

Mas não escrevo sobre amor, esse já foi muito escrito. Talvez seja sobre o ódio, ou ainda sobre as amizades tão em mim presentes agora. Eu misturo tudo, não consigo entender o texto completo, ele está fragmentado. É como naqueles momentos em que vemos tudo passar na nossa mente, pensamos mil coisas, e nada de fato. É... Talvez eu esteja falando sobre a vida, mas talvez sobre a morte, embora essa esteja contida naquela.

É! É sobre a vida meu caro, afinal... Sobre o que mais seria?!

Uma salada de palavras e sentimentos, de dores e figuras; só a vida é capaz de tal façanha.

“Amigo, findarei meu texto por aqui, pois estou cansada de lhe narrar o que faço, vou voltar aos meus afazeres.”

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Haha, acho ótimo.
    afinal, ser ou não ser? eis a questão.
    ser.. descobrir o ser, saber que é ser, porque existir o ser? quem sabe? quem irá saber?
    apesar de que, acho que nós, nenhum de nós um dia irá saber.
    só é apenas ser.
    ;)

    ResponderExcluir